AS GRANDES OBRAS DA CIDADE – PARTE II

                                          AS GRANDES OBRAS DA CIDADE – PARTE II

A atual gestão executa um pacote de 5 grandes obras e quase R$ 50 milhões em investimentos na infraestrutura da cidade. A duplicação da Papa João XXIII foi a primeira obra entregue. Você verá, na sequência, como estão as obras da Flores da Cunha, do Loteamento Chico Mendes, da Frederico Ritter e do Conduto Forçado. Acompanhe

Chico Mendes: um loteamento e 427 sonhos (texto e fotos Rita Trindade e Carol Oliveira)

A prefeitura está investindo em parceria com o governo federal mais de R$ 12 milhões em 427 sonhos de famílias de Cachoeirinha. São os futuros moradores do Loteamento Chico Mendes, o primeiro bairro público planejado do município, próximo da RS-118, na Canarinho. O loteamento se prepara para receber 135 famílias que há 10 anos ocupam área de risco na Vila Canarinho. Depois, na segunda fase, serão mais 114 famílias da Vila Olaria que estarão distantes das cheias anuais do rio Gravataí depois de mais de 20 anos. Por último, dezenas de famílias da Vila Navegantes também habitarão o bairro-modelo, riscando do mapa de Cachoeirinha três áreas de risco. O Chico terá, além das casas populares, galpão de triagem de resíduos, escola de educação infantil e duas equipes de saúde da família (posto Canarinho), além de ensino fundamental garantido com a duplicação da Escola Ivo Rech, que vem sendo executada pelo atual governo.

Sonhos na Olaria, Canarinho e Navegantes

Jussara Azeredo, 58 anos, portadora de deficiência, mora na Vila Canarinho com o filho Ademir, de 19 anos, e está ansiosa para receber a nova moradia. “Eu não vejo a hora de entrar na minha nova casa, com tudo novinho. Poder ir do quarto para o banheiro com facilidade é um sonho, pois sei que as instalações são totalmente adaptadas à minha condição”. Dona Jussara está tão feliz com a possibilidade de mudar a qualidade de vida que já planeja levar suas folhagens para a nova moradia. “Sei que teremos um pátio e vou plantar meus temperinhos e cultivar minha plantinhas, uma paixão que só não é maior que o carnaval”, brinca ela.

Maria Onizio, 53 anos, é moradora da Vila Canarinho e seu maior desejo para a nova casa é poder usar a energia elétrica com dignidade. “Aqui temos uma instalação precária, o que nos impede de ligar o chuveiro quando queremos. Nos finais de tarde, a luz fica fraca e muitas vezes nem TV podemos assistir”. Outra grande conquista, segundo ela, será ter uma casa própria em seu nome. “Sempre disse ao meu marido que não queria morrer sem morar no que é meu. Era um sonho antigo que agora irá se realizar”.

Maria Regina, 55 anos, mora há vinte na Vila Navegantes. “Estou tão feliz por mudar que mal posso esperar para entrar na casa nova. Gosto de tudo limpinho e já estou fazendo planos para organizar a casa e o pátio. Espero que todos meus futuros vizinhos tenham essa consciência de que pobreza não significa relaxamento”.

Maria Pires mora há 6 anos na Vila Olaria. Ela e as filhas não vêem a hora de mudar para a nova casa. “Por mim sairia hoje daqui. Estou muito ansiosa por morar em um lugar seguro, limpo e sobretudo digno. É um sonho que alimento há anos”, destacou. O que mais incomoda Dona Maria é a proliferação de mosquitos na região na época das chuvas. “O risco que corremos aqui é muito grande, pois tudo fica inundado”, ressaltou.

Primeira fase, que atenderá as famílias da Canarinho, está quase pronta

Segunda fase, com casas para as famílias da Olaria, já está em obras