Cachoeirinha duplicou avenida Papa João XXIII para otimizar o trânsito, mas
depende ANTT a liberação para ligação com a Free Way
O gargalo do trânsito da avenida Flores da Cunha, em Cachoeirinha, está nas mãos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANNT). Popularizada pelo 100 mil veículos de Gravataí como alternativa ao pedágio da Free Way (a praça localiza-se antes do acesso à cidade vizinha), a via municipal esgotou sua capacidade de atender a região metropolitana, realidade que vem provocando um intenso prejuízo para os moradores da cidade.
Cachoeirinha duplicou sua frota entre 1998 e o ano passado, indo de 22 mil a 53 mil veículos. O problema é que Gravataí, terra da GM, triplicou o número de carros no mesmo período, batendo em 100 mil veículos. Hoje, a Flores da Cunha tem um tráfego de 160 mil carros por dia e um estudo da prefeitura apontou que 40% das placas são de motoristas de Gravataí fugindo do pedágio.
Além de servir como fuga para os moradores da cidade vizinha, a via se transformou também em alternativa à BR-116, já que se liga com Canoas e à ERS-118, para caminhões que querem chegar à BR-101 sem pagar a tarifa, além de receber todo o transporte coletivo intermunicipal de Gravataí e até linhas turísticas para o litoral.
O PESO DE GRAVATAÍ - às 19h, sentido Porto Alegre/Gravataí congestiona, mas saída da cidade não tem problemas. É GRAVATAÍ VOLTANDO PARA CASA FUGINDO DO PEDÁGIO
Prefeitura investe R$ 25 milhões em obras para tentar aliviar tráfego
OBRAS - Há menos de um mês, a prefeitura entregou a duplicação da avenida Papa João XXIII, para aliviar o tráfego da Flores da Cunha, mas seu uso como segunda porta de entrada depende da ANTT. Até o viaduto sobre a Free Way está pronto, só falta uma alça de acesso que permita utilizar a rodovia.
No total, a prefeitura está investindo cerca de R$ 25 milhões esperando a liberação do acesso e o alívio para seu trânsito. São 9,3 milhões na repavimentação da Flores da Cunha, R$ 2,3 milhões na duplicação da Papa e mais R$ 14 milhões no reassentamento da Vila Olaria, que hoje ocupa o lugar da futura alça às margens da Free Way. A remoção será feita até o ano que vem.
AUDIÊNCIA PÚBLICA - Dias antes das eleições de 2010, a ANTT realizou uma audiência pública com as prefeituras de Cachoeirinha e Gravataí anunciando um estudo de viabilidade para liberação do acesso. Há dois meses, o prefeito Vicente Pires foi a Brasília e encontrou o diretor-geral da agência, Bernardo Figueiredo, que prometeu uma nova audiência, para apresentação do estudo, até o início de maio, mas o prazo não será cumprido. Essa semana, a jornalista do órgão, Evie Gonçalves, informou que o estudo não está pronto nem há data para uma resposta.
Importante
200 MIL CARROS - Se o acesso não for liberado até 2017, quando vence o contrato de concessão da rodovia, a prefeitura de Cachoeirinha calcula que a frota da cidade mais a de Gravataí chegue aos 200 mil veículos, todos utilizando as mesmas seis faixas e duas pistas da Flores da Cunha, o que tornará o congestionamento insuportável.
E vocês acham que a Concepa não está "molhando" a mão de muita gente para barrar isso?
ResponderExcluirO que podemos fazer? abaixo assinado? ligar ou enviar e-mails para a ANTT?
Independentemente da alça de acesso, Cachoeirinha tem que buscar outras alternativas. Se metade dos carros entrarem pela Papa João e sairem na parada 53 não resolve. desapropriar uma faixa do mato do Júlio junto à freeway e ligar à nutrela em Gravataí, com saída no Parque da Matriz ajudaria e pensar solução parecida pelo lado esquerdo de quem entra em Cachoeirinha - entrar na rua do CADOP e sair acima do cemitério Municipal, por exemplo.
ResponderExcluirRinaldo P. Garcia